O gosto por tecnologia é algo que tenho desde criança, para mim funciona como se fosse o meu sexto sentido” – Foi com este espírito que Caio Schettino de Meirelles Maia, de 17 anos, embarcou para a Califórnia, especialmente, para o programa de intercâmbio “Líderes em Tecnologia”, realizado na Universidade de Stanford, EUA. Caio estuda no 3º ano do Ensino Médio, do Colégio Casulo, em Rio das Ostras, e é o único representante brasileiro participando do programa.
Em entrevista ao RJNEWS, Caio contou que a oportunidade para entrar no programa surgiu em uma feira de intercâmbio, Edufindme, realizada no início do ano em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele disse que a feira tinha várias faculdades para quem quisesse estudar em outro país e empresas de intercâmbio, em parceria com a Word Study. Então, decidiu se inscrever. O estudante chegou à Califórnia no dia 23 de julho e volta ao Brasil no dia dois de agosto. “Quando criança, minha maior diversão era desmontar aparelhos eletrônicos para saber como funcionavam, e brincar com lego (algo que eu faço até hoje). Mas, o gosto por tecnologia foi muito “promovido” pelos meus pais, uma vez que eles sempre me deixaram mexer com todas as ferramentas possíveis e me davam aparelhos quebrados, como computadores, eletrodomésticos. Desde então, me apaixonei por eletrônica, robótica e mecânica”, ressaltou.
Quanto a sua rotina em Stanford, Caio contou que é bem corrida. Os alunos acordam por volta das 6h, e após o café, conversam sobre algumas questões ligadas ao tema, assistem palestras sobre tecnologia dos drones, programação de jogos, funcionamento de sensores e novas tecnologias. Eles também já visitaram empresas do Vale do Silício, como Intel, Adobe e Apple. “Depois de tudo, voltamos para o laboratório de robótica para trabalhar no projeto de um robô. O curso é muito bom para quem se interessa por tecnologia e engenharia. É muito bom estar num lugar onde tudo é voltado para área que você quer seguir. Além disso, o fato de estar na universidade de Stanford já é algo mágico, e ter vindo para o Vale do Silício, onde toda a história do computador começou, é a realização de um sonho”, declarou.
Para a mãe de Caio e diretora do Casulo, Rosekel Meirelles, é um orgulho para a família e também para a escola ter um jovem representando o país num programa como esse. Ela lembrou que Caio sempre gostou de brincar com Lego e que há anos participa de competições e eventos de robótica. “Durante o processo seletivo, a empresa viu que o aluno tinha perfil para o intercâmbio. Agora ele está se preparando e também sendo orientado para possíveis avaliações como candidato a estudar no exterior. É isso que Caio sinaliza que quer para o futuro”, destacou Rosekel.
E é isso mesmo que ele quer. Caio afirmou que, futuramente, espera passar para a universidade de Toronto, onde pretende fazer engenharia mecânica, e logo depois, fazer pós-graduação em nanotecnologia, para então, projetar próteses e melhorar a tecnologia para a vida. “A tecnologia facilita muito a vida das pessoas, mas também é algo sem limites, que “não pode ser controlado”. Nunca é uma boa idéia se tornar dependente dela, uma vez que antes de sermos zumbis tecnológicos, nós somos humanos e não podemos deixar acabar as suas relações com a família e amigos. Limitar a tecnologia que eu digo é se desconectar por alguns momentos para viver a vida, como se fazia antes dela surgir”, orienta Caio a jovens e crianças que “respiram” tecnologia hoje.
› FONTE: Macaé News (www.macaenews.com.br)