A Ilha do Francês faz parte do Arquipélago de Sant'Anna, que fica a oito quilômetros da costa de Macaé
Diante da pandemia do Coronavírus, a população de Macaé e das cidades vizinhas estão dando mais valor às riquezas naturais mais próximas, e entre elas está a Ilha do Francês, que faz parte do Arquipélago de Sant&39;Anna, localizado a oito quilômetros da costa de Macaé. A expectativa é grande para que o turismo seja fomentado nesta área com ações do poder público.
O acesso à Ilha do Francês é feito através de embarcações, que realizam o trajeto, normalmente, aos fins de semana e por agendamento. É importante que os visitantes fiquem atentos e optem por embarcações que são regularizadas.
"Neste início do ano, a procura para a Ilha do Frânces foi bem significantiva. Recebemos, inclusive, turistas de fora da cidade e do Estado. Por isso, o ideal é agendar com antecedência os passeios, lembrando que as embarcações são legalizadas e diariamente fiscalizadas pela Marinha do Brasil em nosso trajeto até a ilha. Caso seja encontrada alguma irregularidade é emitida uma multa e o barco é obrigado a retornar ao cais do mercado de peixe de Macaé", explicou Rodrigo Venceslau, que realiza a travessia.
Apesar da adesão dos turistas, o barqueiro também lembrou que existem formas de melhorar o turismo na cidade. "As dificuldades encontradas estão relacionadas à falta do poder público, não só na Ilha do Francês, mas como em vários pontos turísticos da nossa cidade como a lagoa e as cachoeiras", disse.
O barqueiro e pescador Júnior Gomes acredita no potencial turístico do Arquipélago de Sant’Anna, que é formado pelas ilhas do Francês, Sant&39;Anna e Ilhote Sul, mas também espera que o poder público tome a frente para resolver algumas demandas necessárias. "É um tesouro que Macaé tem, assim como as cachoeiras da região serrana. É fundamental uma presença constante da Prefeitura cuidando destes nossos patrimônios. No momento não temos um cais adequado para embarcar os visitantes, não temos nada, estamos nos desbravando neste cenário e esperando que a prefeitura faça alguma coisa", frisou.
Os barqueiros também salientam a importância de placas informativas e educativas no local, para que a população não deixe lixo na área ambiental.
De acordo com a Secretaria Adjunta de Turismo, o município tem como objetivo otimizar e ordenar o turismo na Ilha do Francês, em parceria com a capitania dos portos de Macaé. Para isso, está reforçando a fiscalização de embarcações, algumas não possuem autorização nem estrutura para comercializarem serviço de passeios turísticos. Em nota, o município frisou ainda que está em estudo o processo do plano municipal de gerenciamento costeiro em parceria com a Marinha, com a finalidade é estruturar e assim fomentar o turismo na ilha de forma organizada.
Ilha do Francês recebe primeira ação integrada de iniciativa do governo municipal
Na última quinta-feira, dia 18 de fevereiro, um mutirão de limpeza na Ilha do Francês foi realizado pelo poder público municipal, em parceria com barqueiros e pescadores.
Da parte da Serviços Públicos, foram dez funcionários da coleta de lixo, que recolheram uma tonelada de dejetos, entre garrafas, madeiras, lonas, guimbas de cigarro, sacos plásticos, tampinhas de plástico e metal, além dos resíduos naturais trazidos pela maré. Os trabalhadores utilizaram pás e ancinhos para varrer toda a extensão de areia e retirar lixo também da encosta do morro.
Durante a ação, as equipes também identificaram uma construção clandestina de estacas de madeira que estaria sendo utilizada como ponto de comércio. A Guarda Ambiental derrubou a edificação irregular.
“Temos que usufruir dos espaços públicos e belezas naturais de forma consciente. Todos somos responsáveis, por isso a importância constante do descarte correto dos lixos, além da fiscalização regular com a presença do poder público”, afirmou a comandante da Guarda Municipal, Raquel Giri.
Além da execução do serviço de limpeza da praia da Ilha e a ação da Guarda Ambiental, a ida ao local serviu para conversar com pescadores e barqueiros que fazem passeios turísticos nas ilhas para acolher as demandas e possíveis soluções de conservação ambiental ao bom uso da reserva.
Uma nova ação será programada para o plantio de mudas nativas, recolhimento de microlixo e lixo aquático.
› FONTE: RJ NEWS ONLINE (www.rjnewson.com.br)