Assessora de Planejamento e Controle, Mônica Linhares, diz que instalação dos aparelhos é apenas um dos produtos do plano de macrodrenagem
Continuam os esforços para que os pontos de alagamentos provocados em algumas vias de Rio das Ostras, principalmente, nas ruas e avenidas próximas a rios, canais e lagoas, sejam eliminados. Na última semana, o município ganhou um sistema de alerta de cheias, quando duas estações foram instaladas na cidade: uma no rio Jundiá, na ponte de pedestres; outra no rio Iriry, na ponte de acesso à Nova Cidade.
Com as estações telemétricas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a população poderá obter informações on-line sobre o nível de água e chuvas diretamente no site do órgão estadual. De acordo com a assessora de Planejamento e Controle, Mônica Linhares, os aparelhos possibilitam a coleta de dados dos rios, do clima e também do volume pluviométrico de chuva. As informações são enviadas via satélite. “Eles foram instalados antes de chegar a área mais urbanizada para justamente atacar o problema em seu início”. Essa é só uma das ações que os técnicos do Inea estão desenvolvendo. A intenção é apontar os pontos considerados críticos não só dos rios Jundiá e das Ostras, mas, também, dos canais Medeiros e, das Corujas e da Lagoa de Iriry.
Mônica informa que a intenção com estes dados é propor intervenções nos mananciais que cortam a cidade para que os alagamentos diminuam. Segundo ela, a maior incidência desse tipo de problema ocorre em bairros como Cidade Praiana, Âncora, Liberdade, Operário e próximo ao Hospital Municipal.
A próxima fase do plano de macrodrenagem será o levantamento de dados por uma empresa especializada. A partir dessas ações, Rio das Ostras terá condições de traçar seu Plano de Macrodrenagem, com conhecimento real dos seus recursos hídricos. “Serão feitos levantamentos de topografia e também da área de florestas, entre outras ações”. Ela explica que esses levantamentos vão gerar relatórios parciais e depois um final com todas as informações que ajudem a promover a proteção de estruturas e a integridade ecológica dos rios. “Serão recomendadas, por exemplo, às áreas que podem ser ocupadas e aquelas que precisam ser revegetadas”.
A elaboração do Projeto de Macrodrenagem de Rio das Ostras, que será custeada pelo Estado, encontra-se em fase final de licitação. O Inea também vai pleitear recursos federais para a realização das obras necessárias. O projeto está orçado em R$ 1,1 milhão.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente estuda também a criação de um sistema, que vai abrigar toda e qualquer informação relacionada ao meio ambiente. Ele poderia ser utilizado, por exemplo, em parceria com outras secretarias como a de Saúde, para analisar os locais onde há a maior incidência de focos da dengue. “Estamos licitando a contratação de um software para armazenar estes dados e também adquirindo imagens de satélites atualizadas”, finalizou.
› FONTE: Macaé News (www.macaenews.com.br)